Criada em um contexto de vulnerabilidade, Rute vivenciou de perto os impactos da violência doméstica e da pobreza. Após a separação dos pais, sua mãe — sem escolaridade e sem nunca ter trabalhado — precisou criar sozinha três filhas em meio à escassez. O acesso a programas sociais como Bolsa Escola e Bolsa Família foi fundamental, mas o que realmente mudou o rumo da vida de Rute foi a educação.

Os encontros abordavam temas como violência contra a mulher, dependência emocional e relacionamentos abusivos. Com o tempo, o público e o foco mudaram: Rute percebeu que autonomia financeira era uma das principais chaves para a liberdade feminina — algo que sua mãe nunca teve, mas que ela pôde conquistar.

Não somos apenas um grupo — somos um espaço de acolhimento, partilha e construção coletiva. Em cada conversa, oficina ou caravana, afirmamos nosso direito de existir com dignidade, crescer com apoio e ocupar espaços com estratégia.

Nossas conexões não se dão apenas em eventos: elas acontecem nos bastidores, no apoio entre ngócios, nas palavras de incentivo para não desistir. A força do hub está na comunidade que se reconhece e se impulsiona.

Com poucos recursos e muita entrega, realizamos ações que nascem de demandas reais: empreendedoras buscando orientação, profissionais enfrentando o racismo institucional, jovens negras em busca de referências.